Diário de Vlad Drácula
28 de abril.
Há um mês, quase exatamente, pelos meus apontamentos, entrei em contato com meus advogados de Londres e negociei a vida de um representante para realizar as devidas alterações no testamento. Hoje, fui informado que ele passará uma noite na Estíria e, pelos meus cálculos, isso acontecerá daqui dois dias, bem na noite de Valburga. Há certos costumes tradicionais entre os vampiros dessa região do mundo. Um deles é o hábito de nos retirarmos a antigos cemitérios, em vilarejos abandonados, para dormirmos longos sonos reparadores sem sermos incomodados.
Sei que a Estíria faz parte da jurisdição dos Bathory, e tem uma Bathory que pretende acordar de seu sono de beleza na noite de Valburga. Acordará sedenta e Deus sabe que há uma grande chance do inglês fazer a besteira de zombar da superstição popular e resolver caminhar sozinho essa noite. Eles sempre fazem isso, os ingleses. Raça de teimosos.
Vou mandar uma carta para o mâitre do hotel onde ele se hospedará, mas não é garantido que chegará a tempo. Terei que ir pessoalmente atrás do homem. Espero que ele tenha um mínimo de bom senso. Só o mínimo.
Carta de Vlad Drácula para Herr Delbrük*
“Cuide bem de meu convidado, pois sua segurança me é muito cara. Caso lhe aconteça algo, não meça esforços para encontrá-lo e garantir que esteja a salvo. Ele é inglês, e, portanto, aventureiro. Há perigos na neve, nos lobos e na noite. Não demore um instante se suspeitar que ele pode estar correndo algum perigo. Seu zelo será recompensado com a minha fortuna.
Drácula”
Diário de Vlad Drácula
01 de maio.
Passei por maus bocados essa noite.
Quando cheguei a Munique, o advogado tinha saído do hotel para dar uma volta de carruagem. É sempre nesses passeios que algo dá errado. Parece que todos sabem disso, menos os malditos “europeus civilizados”.
Corri como pude em forma de lobo, mas, quando enfim alcancei a carruagem, em forma humana, descobri que o bendito inglês teve o capricho de visitar um vilarejo abandonado. Adivinhe, diário. Sim, o vilarejo onde a Bathory estava dormindo.
Corri até ele para tentar evitar o pior, mas não fui bem-sucedido. A proteção mágica dos Bathory impedia minha aproximação. É uma medida prudente cercar seus locais de sono com proteções contra outros vampiros, mas acabou se tornando muito irritante para mim, no momento. Voltei a ser lobo e fiquei rondando o caminho para o vilarejo, esperando uma brecha que me permitisse entrar.
Quando a noite caiu, senti a vampira retornar de seu sono. Para descobrir que era Dolly, a filha de Elizabeth que mais me odeia. Ótimo. Não podia ser minha afilhada, Carmilla, um doce de garota. Claro que não.
Com o despertar de Dolly, a proteção desapareceu, mas uma tempestade de neve impediu minha aproximação. A neve é o recurso preferido dos Bathory. “Boa noite para você também, Dolly”, eu disse a ela, uivando. Ouvi seus risos desagradáveis no vento gelado que soprava. Tornei a uivar: “Só quero esse humano tolo e atarantado que invadiu seu território. Preciso dele.” Os risos voltaram ainda mais sarcásticos. Percebi que negociar seria perda de tempo.
Invoquei os trovões e o vento em meu auxílio, coordenando-os com uivos. Meu objetivo era dissipar as nuvens que causavam a tempestade de neve, para poder avançar. Pouco a pouco, consegui diminuir a intensidade dos flocos. Por um delicioso instante de triunfo, cheguei mesmo a debelar a tempestade e permitir que o luar iluminasse tudo.
Imediatamente, o triunfo arrefeceu, pois, sob a luz do luar, percebi distintamente que o amaldiçoado humano estava bem diante do túmulo onde Dolly despertava. Ela também percebeu, e tratou de me rechaçar com dobrado furor: invocou nada menos que uma tempestade de granizo contra mim! Vi que o humano, como era natural, foi se refugiar às portas do túmulo, único lugar onde o gelo não o fustigaria. Dolly chegou mesmo a permitir que a porta do jazigo se abrisse, para desobstruir a entrada do homem. Aquilo me enfureceu. Com um trovão e uma rajada particularmente forte de vento, tirei o advogado lá de dentro. Se eu não fizesse nada, ele voltaria a procurar abrigo lá.
Foi então que me lembrei de algo que vi ao luar: o túmulo tinha uma lança de ferro no topo, como parte da decoração. Sorri, ao me lembrar de tudo o que vira a respeito de eletricidade durante minha vida universitária. Juntei todas as minhas forças e mandei o maior raio que pude bem em cheio na lança. Os efeitos foram devastadores.
Ouvi o grito de Dolly, enquanto era queimada, e, com os ventos, mandei o humano para longe do espetáculo novamente. Elizabeth Bathory provavelmente vai aparecer aqui no castelo para exigir satisfações para meu comportamento, mais tarde. Verdade é que prefiro lidar com a velha Bessie. Dolly é de amargar.
Com a inconsciência dela, pude enfim me aproximar do bendito advogado. O pedaço de asno estava desmaiado e quase congelado. Nesse ponto, deparei-me com um dilema. Se eu assumisse a forma de homem e o carregasse, minha falta de calor corporal faria com que morresse de hipotermia até chegarmos a Munique. Como lobo, eu era quente, mas não podia carregá-lo. Depois de considerar um pouco, decidi que o menos pior era me deitar sobre o peito dele e aguardar que amanhecesse ou chegasse algum socorro, o que acontecesse primeiro.
Durante a angustiosa espera que se seguiu, muitas vezes me perguntei por que os humanos não permitem que as mulheres exerçam certas profissões. Certamente eu preferiria estar aquecendo uma bela advogada, no lugar de um inglês barbado e imprudente. E quanto a lamber o rosto e o pescoço dele para que acordasse? Nunca mais vou me sentir limpo, depois disso, até que beije uma bela mulher, ou que consiga algum sangue de boa qualidade.
Graças a Deus, depois de algum tempo, vi o clarão de tochas e ouvi o murmúrio de vozes. Um grupo de soldados humanos se aproximava, provavelmente um grupo de buscas atrás do inglês. Fiz um ruído que não os assustasse, mas os orientasse até que chegassem onde estávamos.
Finalmente, pude deixar a infeliz criatura aos cuidados dos soldados e segui meu caminho. Um deles, mais insolente, tentou mesmo atirar em mim, sem sucesso. Ainda assim, sou muito grato a eles, por levarem meu fardo, e preparei uma gorda recompensa para cada membro do grupo de buscas.
Amanhã, ele deverá chegar ao Passo Borgo e precisarei ir buscá-lo. Até lá, fruirei meu merecido descanso.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Bram & Vlad - O Baile
Gentem!
Eu tou crescendo.
Ontem, colei grau de bacharel em Química, e desde agosto que estou trabalhando oito horas por dia e estudando à noite. É bom por um lado, mas significa que tenho menos tempo que o de costume pra mexer em B&V. Ainda assim, farei o possível para comprometer as postagens o menos possível.
Hoje, começo com as tirinhas do Baile Infantil da Sociedade dos Vampiros. Eu não queria começar zoando Crepúsculo logo de cara, mas foi mais forte que eu. xD E sim, há alguéns faltando na lista de convidados, mas isso é cena dos próximos episódios. :D (E logo mais tem o capítulo 2 de Bram & Vlad Vitorianos, não esqueci deles =3).
Eu tou crescendo.
Ontem, colei grau de bacharel em Química, e desde agosto que estou trabalhando oito horas por dia e estudando à noite. É bom por um lado, mas significa que tenho menos tempo que o de costume pra mexer em B&V. Ainda assim, farei o possível para comprometer as postagens o menos possível.
Hoje, começo com as tirinhas do Baile Infantil da Sociedade dos Vampiros. Eu não queria começar zoando Crepúsculo logo de cara, mas foi mais forte que eu. xD E sim, há alguéns faltando na lista de convidados, mas isso é cena dos próximos episódios. :D (E logo mais tem o capítulo 2 de Bram & Vlad Vitorianos, não esqueci deles =3).
Essa tira fala sobre
Baile,
Crepúsculo,
The Vampyre,
True Blood,
Vida de vampiro
domingo, 1 de agosto de 2010
Bram & Vlad - Convites
Gente, logo, logo, posto o capítulo 2 de Bram & Vlad vitorianos. Estou segurando a mão porque sei que vou passar um tempo sem conseguir postar e não quero correr agora só porque os capítulos estão prontos. ^^
Vou começar uma mini-minissérie de tirinnhas hoje, com o Baile Infantil da Sociedade dos Vampiros. :D Coisa rápida, só pra não perder uns "chistes" e pra não reclamarem que só zoo com Crepúsculo. xD
Lá vai a primeira tira.
Vou começar uma mini-minissérie de tirinnhas hoje, com o Baile Infantil da Sociedade dos Vampiros. :D Coisa rápida, só pra não perder uns "chistes" e pra não reclamarem que só zoo com Crepúsculo. xD
Lá vai a primeira tira.
Essa tira fala sobre
Baile,
Cosplay,
Jornada nas Estrelas,
Vida de vampiro
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Uma palavrinha sobre as Vitorianas
Gente, seguinte. Acabei de postar o primeiro capítulo das vitorianas. Você pode ler na aba ali em cima, ou no post loo abaixo desse.
Os capítulos serão curtos para aumentar minhas chances de postar mais vezes. Só quero tranquilizar algumas pessoas que já começaram a me olhar feio: não vou atualizar as tirinhas mais bissextamente que o de costume por causa da fic, então, sem crise.
Agora, sim, mergulhamos fundo no século XIX. Divirtam-se. :D
Os capítulos serão curtos para aumentar minhas chances de postar mais vezes. Só quero tranquilizar algumas pessoas que já começaram a me olhar feio: não vou atualizar as tirinhas mais bissextamente que o de costume por causa da fic, então, sem crise.
Agora, sim, mergulhamos fundo no século XIX. Divirtam-se. :D
Capítulo 1 - As Esposas de Drácula (Noivas! Quem dera...)
Documentos submetidos à leitura de Abraham Van Helsing IV, Vlad Drácula II, Lucy Harker e Elizabeth Bathory II.
Diário de Vlad Drácula
03 de março.
Antes de começar a escrever nesse que é meu 32º diário, vou me apresentar. Uma das maiores frustrações de minha vida foi ter encontrado um diário antigo e interessante e não saber o nome da pessoa que o escreveu, ou o que a levou a escrever o que estava na primeira página.
O 31º diário teve suas últimas trinta páginas preenchidas com muitos desgostos e aborrecimentos. Irei resumir tanto quanto possível a situação, antes de enumerar os motivos pelo qual decidi abandonar de vez meu domínio de tantos séculos.
Sou Vlad Drácula, Conde da Valáquia, e caminho na Terra há tempo o bastante para ter me esquecido minha verdadeira idade. Enquanto humano, fui príncipe e reinei. Ao adentrar na comunidade dos vampiros, fui “rebaixado” a conde. Semelhante governa semelhante, e não é produtivo, para ambas as partes, que um vampiro governe seres humanos.
Não me lembro com exatidão quando ou porque me tornei vampiro. Possivelmente, foi um acidente. Eu fazia questão de ser temido para ser obedecido, e, para reforçar o temor, bebia o sangue dos inimigos abatidos. É provável que o sangue de algum deles estivesse contaminado.
Para solidificar minha situação, casei-me com duas nobres de importantes famílias vampiras dos cárpatos. Desde o princípio, minhas relações com Svenka e Anna foram cordiais. Elas se casaram novamente, tiveram filhos, e fiquei feliz em proporcionar a eles o capital necessário para fazerem sua própria fortuna. Os humanos tendem a se escandalizar com as teias matrimoniais que se formam entre os vampiros, com o passar dos séculos, mas sempre as achei mais corretas que a monogamia hipócrita, que não legaliza a posição do amante.
Depois que os filhos de Anna e Svenka deixaram o castelo dos Drácula foi que comecei a desejar um filho meu, do meu sangue e da minha carne. Foi esse desejo, misturado a uma vontade profunda de encontrar uma esposa com a qual eu me unisse por amor verdadeiro, que me tornaram um tolo.
Tenho parentes em várias casas reais europeias e sempre gostei de visitá-los e manter um contato cordial. Essa influência fez de mim importante entre os vampiros desde muito cedo. Em uma visita à Inglaterra, conheci Linnet.
Linnet era loura e linda, mas muito pobre. Apaixonei-me por seu jeito de moça simples sem afetação. Permitam-me uma ratificação: eu não fui um tolo. Fui o rei de todos os tolos.
Encurtando uma longa história, nos casamos e, poucos anos depois, não havia mais afeto entre nós. A superficialidade e o amor ao luxo e ao poder que ela demonstrou logo que oficializamos nosso matrimônio me cansaram. Minhas prioridades eram outras. Muitos anos de amor e ódio depois, firmamos um acordo tácito: eu pagava suas contas e ela não me aborrecia com os agudos de sua voz.
Tudo estava bem até que ela pediu que tivéssemos um filho. Sugeri que fizesse como as outras e arrumasse um marido de sua preferência. Ela insistiu que fazia questão que o filho fosse meu. Resisti à ideia, como podem imaginar. Mas vocês já contrariaram uma mulher? Todos os dias durante cinquenta anos, Linnet me aborreceu com seu pedido. Há dois meses, em busca de paz, finalmente cedi.
Sim, sou tolo. O rei dos tolos. Mas foram cinquenta anos.
Ela engravidou há menos de uma semana e nosso faro acusa um garoto. Linnet quer chamá-lo Viktor, ao invés de Vlad, porque não quer que o menino seja um perdedor, como eu. Realmente, minha tolice não tem limites.
Hoje, voltei de minha caçada por alimento mais cedo e ouvi Linnet explicando a alguém que, logo que a criança nascer, irá me matar para que Viktor se torne o próximo Conde Drácula e herde o castelo e a fortuna.
Não pensem que estou surpreso. De forma alguma. Ainda assim, fico um pouco decepcionado.
Houve um tempo em que eu não hesitaria em violar o corpo da traidora, empalar a dita viva, juntamente com a criança, e servir o sangue de ambos em um banquete. Mas esse tempo está tão distante que não me lembro dele senão como uma lembrança nebulosa, que poderia pertencer a outra pessoa. Quero punir Linnet, sim, mas não envolverá algo tão grosseiro quanto violência física.
Tenho um plano, mas não ouso escrevê-lo aqui pela possibilidade de olhos estranhos lerem essas linhas. Escrevi a um amigo meu, de Amsterdã, para discutir as possibilidades. Aguardo a resposta para definir meu primeiro movimento.
Carta de Vlad Drácula a Abraham Van Helsing
03 de março
Como vai, Bram?
Já faz algum tempo que não escrevo a você, e sinto muito que essa carta precise conter um pedido.
Cedi a Linnet. Você já sabe do que falo. Guarde para si o sermão de três páginas, que sei que está preparando. Sei as consequências de meus atos. A verdade é que faz tempo que quero começar uma vida nova no anonimato, cerrando uma cortina sobre meu passado e conseguindo sucesso e respeito por meus méritos e não por minhas relações com cabeças coroadas.
Pretendo forjar minha morte, da maneira mais convincente possível, e deixar que Linnet arque com as responsabilidades de estar a frente da família Drácula, ao invés de apenas usufruir os benefícios.
Sou obrigado a admitir que você é o único dos meus amigos que é, ao mesmo tempo, confiável e possuidor de certa dose de miolos. Pode me ajudar?
Agradecido.
D.”
Telegrama de Abraham Van Helsing para Vlad Drácula
“VA INGLATERRA PT IDIOTA PT BRAM”
Diário de Vlad Drácula
10 de março.
O velho Bram! Só ele para me fazer sorrir na situação em que me encontro!
Desde que nos conhecemos, na Inglaterra, quando estudávamos Medicina, ele não deixa de ser interessante.
Em três palavras, o velhote ranzinza resumiu um sermão e um conselho dos mais sábios. É fato conhecido por todos que, a despeito de ter se passado lá uma das piores situações de minha vida lá, tenho uma preferência especial pela Inglaterra. É um lugar pitoresco, com um povo simples e divertido. Sua preocupação quase obsessiva pela decência aparente, seu horror a demonstrar o sentimentalismo interior e mesmo sua superioridade benevolente com outros povos nunca deixam de me enternecer.
Lá, não terei as centenas de ouvidos curiosos a escutarem meus planos, e minha ida lá causaria menos suspeitas que uma viagem a Amsterdã. Uma explêndida ideia, em resumo. Agora, a palavra de ordem é não me precipitar. Medirei meus passos e realizarei meus intentos com calma.
O primeiro passo é chamar meu advogado inglês ao castelo para mudar meu testamento, incluindo Viktor. E escrever novamente a Bram.
Telegrama de Vlad Drácula para Abraham Van Helsing
"IREI MAIS RÁPIDO POSSIVEL PT PRECISO BOM CORRETOR ANTES PT FAVOR ENVIAR SUGESTAO PT VLAD"
Telegrama de Abraham Van Helsing para Vlad Drácula
"PETER HAWKINS EXETER PT JUIZO PT BRAM"
Caderninho de apontamentos de Abraham Van Helsing
11 de março
Vlad diz que virá à Inglaterra o mais rápido possível. Conhecendo sua noção vampírica de tempo, evitarei agendar compromissos em agosto e setembro.
domingo, 18 de julho de 2010
Bram & Vlad e a Copa
Fala, pessoas! Como sempre, dei um bom hiato entre as atualizações, maior do que eu gostaria. Fim de semestre é SEMPRE assim. Mas esse fim foi especial porque... tcham, tcham, tcham... Estou me formando! Do bacharelado em Química, pelo menos.
Formatura à parte, teve a Copa, também. Quem nos segue no Twitter deve ter acompanhado todos os lances de perto. Pra quem não segue, vou fazer um apanhadão geral.
O Bram é inglês, mas seu bisavô era holandês, o que quer dizer que ele torce pelas duas seleções. Ele gosta muito de futebol (é o capitão do seu "time") e sempre torce apaixonadamente. Às vezes até demais. O Vlad é romeno e seu pai é húngaro. Infelizmente, nenhuma dessas seleções foi pra Copa, então, ele passou a torcer pros países mais próximos: Eslovênia e Eslováquia.
Na primeira fase, o Vlad amargou a derrota da Eslovênia pra Inglaterra e sua desclassificação com a vitória dos EUA sobre a Argélia. Claro que o Bram não deixou barato:
No outro front, a Holanda se classificou invicta e o Vlad ainda teve o prazer de ver a Eslováquia desclassificar a Itália, num jogo que finalmente fez o vampirinho entender a graça que o Bram vê em um bando de humanos suados atrás de uma bola.
Nas oitavas, o Bram viu a Inglaterra levar uma surra da Alemanha. Sério, ele ficou numa fossa tão grande que até eu chorei. Foi pior pra mim do que seria nas quartas, mas ainda chegamos lá.
Dois dias depois, Bram e Vlad novamente teriam seus times se enfrentando. Com a derrota da Inglaterra, o Bram estava duas vezes mais chato. A Eslováquia foi eliminada pela Laranja Mecânica e o ruivinho deixou a tristeza pela derrota da Inglaterra pra trás.
O jogo das quartas seria Holanda x Brasil. Cara, foi um jogo tenso pra mim. Por um lado, claro que eu tava torcendo pelo Brasil. Por outro, se a Holanda perdesse, teríamos uma nova fossa do Bram que, com seus quase 11 anos, leva futebol muito mais a sério que eu. A Holanda derrotou o Brasil, como você sabe, e a comemoração do ruivinho contrabalanceou o gosto ruim da derrota do Brasil.
A Holanda venceu o Uruguai nas semifinais num jogo heroico que fez o Bram quase infartar. Daí pra final, ele se aparelhou todo e se preparou para o desafio final contra a Espanha.
Olha, não podemos dizer que a Holanda não tenha lutado. Ela lutou. Lutou boxe, kung-fu e luta livre, mas não teve jeito. No finzinho da prorrogação, a Espanha enterrou as esperanças holandesas e firmou a reputação de eterno segundo lugar dos Van Helsing. É. O momento de glória do Bram ainda está longe, aparentemente.
No dia seguinte, o Bram quis ir a um restaurante japonês comer um prato que tivesse polvo. Sabem como é, uma forma de catarse. Mas, como o Polvo Profeta não é bobo nem nada, entre uma caixinha de mariscos com o nome do Vlad e uma com o nome do Bram, adivinhem qual ele preferiu?
Assim, os instintos polvicidas do Bram foram acalmados e todos viveram felizes para sempre.
E foi esse o resumo da Copa para Bram & Vlad. Semana que vem, voltamos à programação. Já tenho alguns capítulos da fanfic escritos e postarei o primeiro daqui a poucos dias. Até mais! o/
Formatura à parte, teve a Copa, também. Quem nos segue no Twitter deve ter acompanhado todos os lances de perto. Pra quem não segue, vou fazer um apanhadão geral.
O Bram é inglês, mas seu bisavô era holandês, o que quer dizer que ele torce pelas duas seleções. Ele gosta muito de futebol (é o capitão do seu "time") e sempre torce apaixonadamente. Às vezes até demais. O Vlad é romeno e seu pai é húngaro. Infelizmente, nenhuma dessas seleções foi pra Copa, então, ele passou a torcer pros países mais próximos: Eslovênia e Eslováquia.
Na primeira fase, o Vlad amargou a derrota da Eslovênia pra Inglaterra e sua desclassificação com a vitória dos EUA sobre a Argélia. Claro que o Bram não deixou barato:
Bendita hora que fui comprar uma vuvuzela pra eles...
No outro front, a Holanda se classificou invicta e o Vlad ainda teve o prazer de ver a Eslováquia desclassificar a Itália, num jogo que finalmente fez o vampirinho entender a graça que o Bram vê em um bando de humanos suados atrás de uma bola.
Vlad descobre que futebol pode ser divertido
Nas oitavas, o Bram viu a Inglaterra levar uma surra da Alemanha. Sério, ele ficou numa fossa tão grande que até eu chorei. Foi pior pra mim do que seria nas quartas, mas ainda chegamos lá.
Eu chorei também, cara. Como um bebê.
Dois dias depois, Bram e Vlad novamente teriam seus times se enfrentando. Com a derrota da Inglaterra, o Bram estava duas vezes mais chato. A Eslováquia foi eliminada pela Laranja Mecânica e o ruivinho deixou a tristeza pela derrota da Inglaterra pra trás.
Alegria de uns, tristeza de outros...
O jogo das quartas seria Holanda x Brasil. Cara, foi um jogo tenso pra mim. Por um lado, claro que eu tava torcendo pelo Brasil. Por outro, se a Holanda perdesse, teríamos uma nova fossa do Bram que, com seus quase 11 anos, leva futebol muito mais a sério que eu. A Holanda derrotou o Brasil, como você sabe, e a comemoração do ruivinho contrabalanceou o gosto ruim da derrota do Brasil.
Os Drácula não sabem perder. Fato.
A Holanda venceu o Uruguai nas semifinais num jogo heroico que fez o Bram quase infartar. Daí pra final, ele se aparelhou todo e se preparou para o desafio final contra a Espanha.
Hup, Holland, hup!
Olha, não podemos dizer que a Holanda não tenha lutado. Ela lutou. Lutou boxe, kung-fu e luta livre, mas não teve jeito. No finzinho da prorrogação, a Espanha enterrou as esperanças holandesas e firmou a reputação de eterno segundo lugar dos Van Helsing. É. O momento de glória do Bram ainda está longe, aparentemente.
Deu dó.
No dia seguinte, o Bram quis ir a um restaurante japonês comer um prato que tivesse polvo. Sabem como é, uma forma de catarse. Mas, como o Polvo Profeta não é bobo nem nada, entre uma caixinha de mariscos com o nome do Vlad e uma com o nome do Bram, adivinhem qual ele preferiu?
O polvo sabe das coisas.
Assim, os instintos polvicidas do Bram foram acalmados e todos viveram felizes para sempre.
E foi esse o resumo da Copa para Bram & Vlad. Semana que vem, voltamos à programação. Já tenho alguns capítulos da fanfic escritos e postarei o primeiro daqui a poucos dias. Até mais! o/
domingo, 4 de julho de 2010
Bram & Vlad Vitorianos - o que é
"Vitoriano" é um adjetivo que caracteriza um período da história da Inglaterra, em que esse país foi governado pela Rainha Vitória. Isso aconteceu de meados para o fim do século XIX.
Muito do que somos hoje foi construído nesse período. O século XIX foi o século da razão, dando prosseguimento ao século XVIII, o século das luzes. Muitas ciências foram criadas e/ou estruturadas nessa época. A Inglaterra vivia um período de prosperidade e desenvolvimento. Na Literatura, o Romantismo e o Realismo lutavam entre si, um criado da ânsia pela fuga desse mundo tão "certinho" e "explicadinho" e o outro, pelo espírito de racionalidade que imperava na época.
Muitas de minhas obras preferidas são dessa época, além de gente famosa que vocês provavelmente reconhecerão: Sherlock Holmes, O Morro dos Ventos Uivantes, O Médico e o Monstro, Frankenstein, o Retrato de Dorian Grey, Júlio Verne e sua extensa prole (eu sei que ele não era inglês, mas FOI dessa época), Machado de Assis (no Brasil), e ele, claro. Drácula.
Perceberam o chiste? Drácula, a obra que inspirou Bram & Vlad ocorre em pleno período vitoriano. Portanto Bram & Vlad Vitorianos são ninguém mais, ninguém menos que Abraham Van Helsing e Vlad Drácula, os personagens de Bram Stoker.
Aaah, tá. Pode falar sobre esses tais Bram & Vlad Vitorianos
Sempre acalentei o desejo de fazer uma fanfic de Drácula desde que li, mas nunca me acertei quanto ao formato. Só recentemente resolvi esse problema e decidi compartilhar essa experiência com vocês. Vou postar os capítulos da fanfic no corpo do blog e colocar os links nessa aba.
Para quem não leu o romance (a maioria esmagadora das pessoas só conhece o Drácula cinematográfico, que é beeeem diferente do literário), resumo-relâmpago do livro e da fanfic, por tabela:
"Drácula" é um romance que está dividido em passagens dos diários de três personagens - Jonathan Harker, Mina Murray e Dr. John Seward - além de uma série de cartas, memorandos e outros papeis. No início, acompanhamos o drama de Jonathan, um corretor imobiliário que vai à Transilvânia a trabalho, para o castelo do Conde Drácula. Lá, ele vai descobrindo cada vez mais horrores e fica em uma situação desesperada. Depois de um rosário de provações por parte dele, somos apresentados à sua noiva, Mina Murray. Ela é amiga de Lucy Westenra e segue preocupada com o noivo e com os ataques de sonambulismo da amiga. Juntas, elas presenciam a chegada de um navio fantasmagórico em Whitby, e acontecimentos estranhos se acumulam depois disso. Lucy tem três pretendentes, o Dr. Seward, o Hon. Arthur Holmwood (o Hon. é de Honorable, ele é filho de um nobre) e Quincey Morris, o americano desinibido. Ela fica noiva de Holmwood e, então, a ação passa para o diário do Dr Seward, que nos informará sobre a misteriosa doença de Lucy, que a debilita a cada dia. Quando as coisas pioram, ele chama seu amigo e antigo professor, Abraham Van Helsing. A partir daí, está aberta a temporada de caça aos vampiros.
Acreditem, isso tudo acontece no primeiro terço do livro.
Fui até essa lonjura na sinopse para que vocês compreendam o que fiz na fanfic. Ressuscitei os diários que não entraram no livro de Stoker: os diários de Van Helsing e Drácula (Bram e Vlad. Tava na cara! =p), além de algumas cartas que não foram incluídas no volume. Embora tenham sentido sozinhos, encaixados no livro original, esses diários contariam uma história ligeiramente diferente da que está em Drácula. Pretendo responder algumas perguntas como: "por que raios Drácula levou séculos pra decidir ir pra Inglaterra?" ou "por que a fixação dele com a Lucy, com tanta mocinha bonita em Londres?" ou "o Conde morreu mesmo no final, tão fácil assim?"
(Sim, Drácula morre no fim do livro. Não considero spoiler. Vocês tinham alguma dúvida? Os maus precisam ser punidos pela sua maldade, reza o código moral vitoriano.)
Espero que se divirtam.
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Esse post está sendo fixado na aba "Bram & Vlad Vitorianos", onde estarão os links para o capítulo da fanfic. No post abaixo desse, que postei um pouco mais cedo, vocês podem ler a Introdução e saber como os diários foram parar nesse blog.
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